iansã
nos
ocupe
com
seus
ventos
raios
trovões
orixá
mãe
do
entar-
decer
saravá
que
tua
fúria
depure
toda
farsa
acendam
as
velas
do
terreiro
joguem
os
búzios
a gira
vai
começar
Oyá
alumie
os
soturnos
porões
das
almas
úmidas
e
tristes
daqueles
que
mataram
Marielle
tua
filha
guerreira
afague
os
aflitos
que
choram
filhos
choram
pais
(des)apa-
recidos
que
possam
velar
seus
mortos
e
sepultar
toda
angustia
infiltrada
nas
vísceras
dilaceradas
pela
dor
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